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Mil Histórias

04.10.2013 | Exposição Virtual

Lançamento do livro

Lançamento do livro

Em seguida, o que houve foi uma verdadeira surpresa para mim: comecei a ganhar prêmios, de melhor livro nacional do ano, de melhor livro do biênio, e muitos outros. Até mesmo do exterior veio o reconhecimento, com o Prêmio Casa de las Américas, em Cuba, ao qual concorri num gesto de ousadia, com um livro infantil ("De Olho nas Penas") competindo com literatura adulta, e venci. Foi muito emocionante perceber que aquilo que eu gostava tanto de fazer chegava a outras pessoas.

 

 

 

 

Eu e minha filha Luísa.

Eu e minha filha Luísa.

Em 1983, nasceu Luísa. No mesmo ano, tomei coragem e publiquei meu primeiro romance para adultos, "Alice e Ulisses", muito bem recebido pela crítica. Ao mesmo tempo, meus livros foram começando a ser traduzidos no exterior, primeiro nos países escandinavos e, em seguida, na Alemanha, na França e na Espanha. Paralelamente, fui passando a fazer palestras para professores pelo interior do Brasil e desenvolvi cursos e seminários sobre promoção de leitura no exterior.

 

 

 

Feliz com a tranqüilidade de Manguinhos.

Feliz com a tranqüilidade de Manguinhos.

De 1986 a 1988, fizemos uma coisa maravilhosa: deixamos a cidade grande e nos mudamos para uma casinha pequenina em Manguinhos. Uma verdadeira volta as raízes. Uma vida muito modesta e recolhida, em contato direto com o mar e a natureza. Luísa ia a escola com os filhos dos moradores locais, Lourenço compunha e tocava, eu escrevia.

 

 

Passeando no Regent´s Park, Londres - 1990.

Passeando no Regent´s Park, Londres - 1990.

De Manguinhos para o mundo... Em fim de 1989, me ofereceram um novo contrato com a BBC e voltei para Londres, onde passei oito meses e terminei de escrever o romance "Canteiros de Saturno". Pouco depois de voltar ao Brasil, em meio a muito trabalho, tive problemas de saúde muito sérios. Por um longo tempo toda minha vida ficou direcionada a enfrentar essa situação, ajudada pelo carinho de tanta gente que me quer bem e apoiada pelo meu trabalho.

 

 

Junto da estátua de Hans Christian Andersen, em Nova Iorque.

Junto da estátua de Hans Christian Andersen, em Nova Iorque.

Os últimos anos tem sido principalmente de coisas boas, que as outras a gente esquece. Dois netos maravilhosos: Henrique em 1996 e Isadora em 2000. Nesse mesmo ano, ganhei também o prêmio Hans Christian Andersen, coisa que me trouxe muita alegria. É incrível saber que um júri internacional, sem nenhum brasileiro, analisou o conjunto de minha obra e concluiu que eu merecia ser considerada a melhor autora do mundo...

 

 

 

 

 

 

Com o presidente Fernando Henrique Cardoso, recebendo a Ordem do Mérito Cultural.

Com o presidente Fernando Henrique Cardoso, recebendo a Ordem do Mérito Cultural.

Em 2001, tive uma surpresa maravilhosa: ganhei o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, que a Academia Brasileira de Letras confere por toda a obra de um autor. Uma honra dessas ainda veio se somar as condecorações. Recebi a Medalha Tiradentes, da Assembléia Legislativa do Rio, e a Ordem do Mérito Cultural, da Presidência da República. Uma verdadeira consagração. Puxa, nem com uma varinha mágica uma fada-madrinha podia me dar isso... 

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